HGC, TRANSPORTE, SAÚDE PÚBLICA E MANUTENÇÃO DE PRAÇAS DÃO À TÔNICA ÀS DISCUSSÕES EM SESSÃO DA CÂMARA DE VEREADORES

36ª Sessão ordinária
Diversos assuntos atrelados a utilidade pública foram discutidos, entre os vereadores, durante a 36ª Sessão ordinária, realizada na manhã desta terça-feira (27), na Câmara Municipal de Camaçari. Dentre os temas debatidos estão à reestruturação das Praças do município, os constantes problemas com a saúde pública, dando ênfase à importação de médicos cubanos, e o que foi chamado de “caos do transporte público”. Iniciando o assunto sobre o suposto descaso com a saúde pública do município, o vereador Otaviano Maia (PT), num discurso curioso se considerado se tratar dum componente da base governista, mas cumprindo seu deve de representante do povo, recriminou a gestão de atendimento nos postos de saúde. “Falta médico, falta material odontológico. As pessoas precisam de resultados práticos, já são 08 meses de gestão e até agora nenhum resultado”, surpreendeu o parlamentar. O vereador oposicionista, Jorge Curvelo (DEM), naturalmente, e lembrando o trabalho incessante que o Camaçari Fatos e Fotos (CFF) tem feito com vistas à uma mudança na gestão do Hospital Geral de Camaçari (HGC), face às denúncias de descaso para com o atendimento público, cobrou da prefeitura uma resposta imediata quanto à mudança da direção do hospital: “Até hoje o prefeito não deu uma resposta sobre a saída da gestora do HGC. Espero que só porque foi inaugurada uma cozinha que não se acomode, não deixe as coisas como estão”, cobrou. “O Camaçari Fatos e Fotos é o único que tem feito uma grande cobertura sobre a real necessidade de mudança na direção do hospital”, acrescentou Curvelo. Abordando o assunto “Mais Médico”, programa do Governo Federal, o vereador Elias Natan (PV), com propriedade já que também é médico, defendeu a necessidade de que seja feita a revalidação do diploma para os profissionais cubanos que vão atuar no país.
O vereador Júnior Borges (DEM), contribuiu com a discussão com outro argumentando: o de que o problema da saúde pública no Brasil não é a falta de profissionais e sim a falta de condições dignas de trabalho. Líder do governo na Câmara, o vereador José Marcelino (PT) defendeu a necessidade da vinda dos médicos estrangeiros para o Brasil: “A vinda dos médicos estrangeiros vai fazer a diferença entre ser atendido ou não, entre a vida e a morte. O que o programa Mais Médicos quer é que o cidadão brasileiro tenha acesso ao atendimento médico onde quer que ele resida”, argumentou.
Além das unidades de saúde, as praças do município também foram bastante criticadas no plenário.
Segundo o vereador João da Galinha (PRTB), devido o que chamou de ausência de manutenção, as praças de alguns bairros e do centro da cidade, apresentam algumas irregularidades que podem ser observadas pelos transeuntes, como a exposição de fios, lâmpadas queimadas, bancos sujos e pisos inadequados, por não serem antiderrapantes. Uma atenção especial foi dada às praças Desembargador Montenegro e Abrantes. Esta última, palco de diferentes acidentes, devido ao tipo de piso instalado no local. Como já publicado pelo CFF, quando, recentemente, uma mulher torceu o tornozelo após escorregar na rampa de acessibilidade da Praça Abrantes. “É uma obra mal feita, mal planejada. O piso é extremamente escorregadio”, pontuou o vereador João da Galinha, que fez encaminhamento sobre o assunto. Os vereadores Jorge Curvelo e Gilvan (PT) também discorreram sobre o problema. De acordo com Curvelo, que voltou a citar o trabalho do CFF, a água que escorre da fonte, instalada no local, só faz aumentar o risco de acidentes. Pauta fixa durante sessões anteriores, o assunto transporte público voltou à tona e alguns questionamentos foram feitos diante a atuação da Superintendência de Trânsito e Transporte (STT). Júnior Borges reforçou que é preciso existir um transporte público de qualidade e eficiente para o município e que a STT tem que exigir um treinamento para os motoristas que são responsáveis por milhares de pessoas que precisam utilizar esse serviço. “Estamos preparando uma ata para encaminhar para a STT e ao MP com tudo que foi discutido na audiência pública. Porém, uma das coisas que ainda tem que se perguntar é: quanto é a arrecadação do Camaçari Card? ”, questionou o parlamentar.