A capital
paulista é a mais valiosa do Brasil e supera o segundo colocado, o Rio de
Janeiro, em quase três vezes
SÃO
PAULO - Quanto vale a marca de uma cidade como São Paulo ou o Rio de Janeiro?
Como é possível chegar a um valor? Uma empresa inglesa especializada em gestão
de marcas topou o desafio de medir quais as marcas-cidades mais valiosas do
Brasil. A marca mais valiosa é a de São Paulo, avaliada em R$ 233,5 bilhões.
Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte, respectivamente, completam
a lista das cinco primeiras. Campinas, no interior de São Paulo, é a única não
capital entre as dez marcas mais valiosas. Juntas, as dez primeiras colocadas
valem R$ 532,8 bilhões. O CEO da Superbrands no Brasil, Gilson Nunes, conta que
a avaliação leva em conta fatores econômicos e de bem-estar.
A pesquisa ouviu 18.100 pessoas em 40 cidades de todo o Brasil. Elas
opinaram sobre diversos aspectos de suas cidades - como infraestrutura, qualidade
de vida e oportunidade de trabalho - e o resultado é um dos quesitos que
compõem o ranking. O aspecto econômico também é levado em conta. Dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram usados para
compor este outro lado do índice. Segundo Nunes, uma cidade com marca mais
forte desperta mais o interesse de potenciais moradores, turistas e
investidores. "Uma cidade com marca forte tem mais poder, gera mais
emprego, salários melhores e consequentemente melhores condições de vida para a
população." Uma das motivações do estudo é a proximidade da Copa do
Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Com o Brasil no horizonte de
estrangeiros, Nunes acha que é a hora de fortalecer as marcas. "Conhecendo
melhor o perfil da marca de cada cidade, é possível apostar em potencialidades
ou corrigir deficiências." Esta é a primeira vez que o estudo é feito no
Brasil e a empresa pretende, em um futuro próximo, oferecer os dados
às prefeituras e prestar consultorias. "A ideia é que este estudo sirva
como base para uma gestão da marca por parte dos municípios. Vamos mandar os
estudos para estas prefeituras e depois fazer um trabalho mais próximo",
explica Gilson.
Fonte Estadão