CUBANOS FORAM VAIADOS E HOSTILIZADOS POR MÉDICOS BRASILEIROS APÓS CURSO EM FORTALEZA NA NOITE DE SEGUNDA

Médicos cubanos desembarcam no aeroporto de Brasília
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira (28) os que têm preconceito contra a presença dos médicos cubanos no Brasil. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, ela ressaltou que há também médicos de outros países, além de Cuba. A presidente reiterou que os estrangeiros estão no Brasil para desempenhar o trabalho que os médicos brasileiros não querem fazer. "É um imenso preconceito sendo externado contra os cubanos. É importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar”, disse ela. Nesta terça-feira (27), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já havia lamentado a postura de cerca de 50 médicos de Fortaleza que, na noite desta segunda-feira (26) fizeram um corredor polonês para xingar e vaiar 79 médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, que saíam de um curso na Escola de Saúde Pública do Ceará. "Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia. Eles (os médicos de Fortaleza) participaram de um verdadeiro corredor polonês da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a população apenas naqueles municípios onde nenhum profissional quis fazer atendimento", disse Padilha. Também ontem, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou à Procuradoria-Geral do Trabalho investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. A entidade alega que o fato de os médicos não revalidarem os diplomas vai causar restrição de locomoção, o que, segundo a entidade, é uma das características do trabalho escravo.

Fonte IG