Cortejado por partidos da oposição, de quem teria recebido até mesmo a
oferta da vice, e em clima de diálogo com o PSB, o Partido Progressista, que
não tem ainda o martelo batido sobre sua participação na chapa a ser montada
pelo governador Jaques Wagner (PT), estaria aberto às possibilidade de apoio à
pré-candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) e de um suposto projeto
liderado pelo vice-governador Otto Alencar (PSD). O sinal verde para outras
composições, afastadas do projeto de candidatura do PT, foi dado pelo
presidente estadual do PP, Mário Negromonte. Apesar de ter enfatizado, para a
reportagem da Tribuna, o tamanho do partido, critério que pode mantê-lo na
chapa a ser definida por Wagner, e destacar a lealdade ao projeto, o líder
progressista confirmou que vai consultar a base do partido, integrada por
prefeitos, vereadores e lideranças municipais e estaduais, para saber qual
candidatura apoiar ao governo. “Como presidente do partido, quero ouvir o que a
maioria quer”, disse. Negromonte rememorou a última conversa com o governador
para reafirmar o peso partidário. “Ficou definido que os três maiores partidos
PT, PSD e PP iriam fazer parte da chapa. O PP tem a população de 56 municípios,
o que dá 2 milhões de habitantes. Tenho certeza que o PP estará (na chapa) pelo
seu tamanho”, disse, lembrando a força também em âmbito nacional. Um clima de
insatisfação tem sido relatado por deputados e prefeitos, além das divergências
sobre apoio. Diante disso, lideranças, a exemplo de parlamentares, revelaram que
há conversas com o PSB.