
A tabela está
encartada no apenso 16, volume III, da denúncia de 252 páginas que o Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo São José do Rio
Preto, entregou à Justiça, há dois meses.
Os promotores pedem a condenação de 30 acusados. Eles não
incluem nenhum nome que consta da planilha do contador porque a competência
para eventual investigação sobre prefeitos e parlamentares é do Tribunal de
Justiça do Estado e do Supremo Tribunal Federal.
A Operação Fratelli, que desmantelou a Máfia do Asfalto,
foi desencadeada em abril por uma força-tarefa do Ministério Público Estadual,
Ministério Público Federal e Polícia Federal. Na casa de Dominical, em
Votuporanga (SP), os investigadores recolheram arquivos digitais. Dominical é
contador do Grupo Demop, controlado pelo empresário Olívio Scamatti, preso há
quase 7 meses sob acusação de liderar a Máfia do Asfalto. A Scamatti &
Seller e a Scan Vias, empreiteiras do grupo, teriam sido o carro-chefe da Demop
para vencer licitações supostamente fraudadas. O desvio poder ter alcançado R$
1 bilhão. O documento que cita políticos é uma planilha Excel de quatro
colunas, 81 linhas e 22 nomes, nem todos grafados por extenso, alguns
abreviados e outros anotados incorretamente. Em certos trechos são mencionadas
apenas cidades paulistas - Campinas, Embu, Juquitiba, Santa Adélia e São Paulo
-, além do Estado do Tocantins.
Fonte Agência Estado