“Transmita
só amor para seu filho. Faça o teste gratuito da sífilis”.
Com esse slogan, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Programa
Estadual de DST/Aids, assinala o transcurso do Dia Nacional de Combate à
Sífilis, comemorado no terceiro domingo de outubro. A data foi instituída em
2007, durante o VI Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e II Congresso Brasileiro de Aids, com o objetivo de
sensibilizar a população para o problema e erradicar a sífilis no Brasil. Em
parceria com o Cedap (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência
e Pesquisa), Fórum Rede Cegonha da Região Metropolitana de Salvador, Sociedade
Brasileira de DST/Bahia, Ministério Público do Estado da Bahia, Programa
Municipal de DST/Aids e Apae Salvador, a Sesab promove na próxima sexta-feira,
dia 25, de 8 às 13 horas, na sede do Ministério Público, no CAB, evento sobre o
tema, reunindo cerca de 300 gestores e profissionais de saúde, educação, estudantes e
população em geral.
Campanha. - A Sesab também está desenvolvendo
uma campanha institucional, em todo o território baiano, utilizando diversas
mídias - rádio, outdoor, busdoor e internet - alertando para a importância da realização do teste rápido para detecção precoce
da sífilis, tendo como principal foco as gestantes e seus parceiros. O teste
está disponível nas unidades de saúde da atenção básica e nos centros de
referência de DST/Aids.
A
sífilis é uma doença infectocontagiosa, adquirida essencialmente por
transmissão sexual. Acomete praticamente todos os órgãos e sistemas e, quando
não tratada ou tratada inadequadamente, pode evoluir para complicações graves.
Em casos de infecção em gestantes, pode haver transmissão por via
transplacentária em qualquer período da gestação, causando a sífilis congênita
(SC). A infecção do feto pode gerar abortamento espontâneo, morte fetal e
neonatal, prematuridade e danos à saúde do recém-nascido.
Cura. - “A doença tem cura e o tratamento
está disponível nas unidades de saúde pública. Contudo, trata-se ainda de
importante problema de saúde pública principalmente no que se refere à
transmissão vertical”, pontuou Jeane Magnavita, coordenadora do Programa
Estadual de DST/Aids. Ainda conforme Jeane Magnavita, a sífilis congênita,
desfecho desfavorável da sífilis em gestante, constitui-se em sério problema de
saúde pública.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, no Brasil, no período janeiro de 2005 a junho de
2012, 57.700 casos de sífilis em gestantes (SG) foram notificados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Destes, 14.828 (25,7%)
corresponderam à região Nordeste. Na Bahia, foram registradas 4.270
notificações no Sinan, entre janeiro de 2007 e agosto de 2013, dos quais 1.303
casos (30,5%) ocorreram em residentes na região de saúde de Salvador.
Fonte Tribuna