SÃO PAULO, 25 Out (Reuters) - A grande descoberta
de petróleo na costa marítima do Brasil, a área de Libra, não entrará em
produção antes de 2020 e o pico virá ao menos quatro anos depois, disse a
presidente da companhia na noite de quinta-feira (24). Maria das Graças Foster
disse, em entrevista à TV, que investimentos pesados em Libra começarão em 2017
e 2018, dando algum tempo à altamente endividada Petrobras para levantar caixa
para investir em produção em outras áreas. A presidente Dilma Roussef estimou
que, somente na área de petróleo de Libra, leiloada na
segunda-feira, serão
arrecadados cerca de R$ 1 trilhão nos próximos 35 anos. "O primeiro óleo
de libra será em 2020 --o primeiro óleo da produção", disse Graça Foster,
em entrevista transmitida pela "Globo News" na noite de quinta endividada e
que tem um plano de investimento de US$ 237 bilhões nos próximos cinco anos
para elevar exploração e produção. A Petrobras disse que revisará seu plano
para pagar por Libra, que o governo brasileiro diz que necessitará de mais de
US$ 100 bilhões em investimentos para ser desenvolvida. A Petrobras lidera, com
40% de participação, o consórcio vencedor
do leilão de Libra, formado também p-feira. "O pico da produção é 2024, 2025." O
investimento demandando pela Petrobras em Libra será "muito pequeno"
no curto prazo, de acordo com Graça Foster, diminuindo a pressão sobre a
companhia altamente ela anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 20% cada
uma, e duas estatais chinesas, a CNPC e a CNOOC, cada uma com 10% no consórcio.
Graça Foster disse que a estagnação da produção da companhia acabou e que a
produção deve voltar a crescer significativamente nos meses finais deste ano.
Fonte Reuters