Apesar do
pouco tempo à frente do Bahia, a atual diretoria já tem sido cobrada pela
torcida. Uma das críticas mais contundentes dos torcedores diz respeito à falta
de contratações após as eleições do clube. Em entrevista à Equipe dos
Galáticos, Sidônio Palmeira garantiu que não foi possível contratar. "Não
prometemos contratar nenhum jogador, nem Schimidt prometeu, isso não é verdade.
E essa diretoria assumiu faltando dez dias para encerrar as inscrições. Temos
só um mês e meio à frente do clube. Pegamos um clube sem dinheiro, com três
meses de salários atrasados, empresa de alimentos atrasada, empresa que corta a
grama atrasada", explicou. O assessor especial do presidente Fernando
Schimidt prometeu um elenco forte para 2014. "Unificamos o grupo, que
reconheço ser limitado, é um elenco limitado. Esse elenco mambembe foi montado
pela antiga gestão. Hoje pagamos em dia. Estamos organizando a estrutura do
clube para o futuro. E vamos montar um elenco forte para o ano que vem. Agora,
querer que a atual diretoria resolva tudo ainda nesse ano é impossível. Estamos
trabalhando pesado e organizando o clube. Então, cobrar da diretoria agora não
dá. Podem cobrar daqui a um ano e quatro meses que todos vão ver como estará o
Bahia".
O
publicitário ainda revelou qual a prioridade da atual gestão nesse momento.
"Tivemos que enxugar as despesas, precisávamos de dinheiro até para pagar
a folha, que hoje está em dia. É um compromisso que temos com os jogadores,
pagar em dia. Então, nossa prioridade é o time. Vamos deixar esse clube todo
organizado". E uma das medidas com objetivo da busca do equilíbrio
financeiro, segundo o profissional, foi o corte dos ingressos cedidos às
Torcidas Organizadas. "Nós cortamos todos os ingressos, pois tem que ser
igual para todos. Os torcedores do Bahia têm que pagar igual, todos têm que se
associar. Não podemos dar para uns e para outros não. Então, essa é uma decisão
que não terá volta". Outra conquista citada por Sidônio foi a associação
em massa de torcedores ao Tricolor. "Pegamos o Bahia com 700 sócios e
hoje, um mês e meio depois, já temos o dobro do nosso rival (Vitória). Em
número de sócios, hoje, só perdemos para Inter e Grêmio. Esse crescimento de
associações tem nos ajudado muito a pagar as contas do clube. E digo mais,
vamos chegar, em número de sócios, ao número de cadeiras da Arena Fonte
Nova". Já sobre a polêmica envolvendo as salas alugas no nome do
ex-presidente do Conselho Deliberativo, Ruy Accioly, Palmeiras engrossou o
discurso do diretor financeiro Reub Celestino e afirmou que o Bahia não irá
pagar os alugueis atrasados. "O Bahia tem que pagar qualquer sala que
esteja no nome do Bahia, mas essa não está. Ela está no nome de Ruy Accioly,
então será resolvido na Justiça. E mesmo porque o valor da sala está acima do
valor de mercado".
O
assessor concluiu a entrevista esclarecendo ao torcedor o porquê da não mudança
do clube para o novo CT Cidade Tricolor. "Foi nos passado que o Fazendão
foi avaliado em R$ 14 milhões e o novo CT em R$ 18 milhões. Temos que avaliar
quanto vale mesmo o Fazendão, quanto vale a obra lá do CT. Se bater, vamos
trocar sem problemas. Mas, se não bater, não vamos trocar. Temos que pensar no
bem do Bahia, o clube não pode sair perdendo. Acredito que em cerca de um mês
vamos resolver isso".