O FEIJÃO INDIGESTO PARA O VITÓRIA. - "JOGO POR AMOR, SOU JOGADOR À MODA ANTIGA" DIZ O JOGADOR DO BAHIA.

Feijão busca tranquilidade ao lado da mãe; volante diz ainda não estar acostumado com a fama
A vida humilde na Brasilgás não ficou no passado. Sempre que pode, Feijão volta à localidade onde foi criado - para, segundo o próprio, "encher o saco de todo mundo". Mas, há dois meses, ele mudou de endereço e fixou residência em um condomínio fechado na Praia do Flamengo. Agora mais próximo do CT do Bahia, o garoto de 19 anos encontra na nova casa - que divide com a mãe Altamira e o irmão 'Arroz' (Mateus Lucas) - a tranquilidade que precisa para, além de ser feliz, dar alegrias à torcida tricolor.
E a relação, que já era boa, transformou-se em amor incondicional nesta semana. Tudo começou na segunda-feira, quando Feijão, em entrevista coletiva, expôs sentimentos comuns aos mais fanáticos torcedores.

Disse ter "nojo" e "raiva" do rival Vitória e causou a ira da torcida rubro-negra, que o vaiou em seus primeiros toques na bola no clássico de quarta-feira. Não adiantou. O moleque, mesmo sem participar de gols, foi o astro do 2 a 0 do Esquadrão. A noite foi inesquecível para o jogador. Tanto que ela demorou a acabar. Da Fonte Nova, Feijão foi direto a uma churrascaria para comemorar com a mãe e o amigo Iuri.
Ao voltar para casa, em vez de ir logo dormir, ficou até 3 horas da manhã vendo a reprise da partida - "Ainda deu pra ouvir baixinho a torcida cantando meu nome", contou. Só acordou às 10 da manhã da última quinta-feira, 10. Foi quando recebeu, ainda com cara de sono e ouvindo o batuque do Olodum no celular, a reportagem de A TARDE. "Hoje (quinta-feira), depois dessa entrevista, só quero treinar e descansar. Nada mais", afirmou ele, que, sobre a repentina idolatria da galera, riu: "Não sei o motivo, não. Não estou acostumado com isso. Achava que minha entrada no time ia ser aos poucos. Não esperava esse tumulto todo que estou causando".