Documentos
classificados como ultrassecretos fazem parte de uma apresentação interna da
Agência de Segurança Nacional
Rio - Um mês após a denúncia de que o serviço
secreto dos Estados Unidos monitoravam mais de 2 bilhões de pessoas no mundo,
entre elas brasileiros, novas revelações feitas neste domingo pelo 'Fantástico'
dão conta de que a presidenta Dilma Rousseff e seus ministros foram alvo direto
de espionagem americana. Documentos classificados como ultrassecretos, que
fazem parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA,
na sigla em inglês), mostram que foi feita espionagem de comunicações da presidenta
Dilma com seus principais assessores em redes de telefonia, internet,
servidores de e-mail e redes sociais. No documento, de junho de 2012, são dois
alvos: o presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato líder nas
pesquisas para a presidência, e a presidenta brasileira.
Quando se encontrou com o jornalista Glenn
Greenwald, Edward Snowden, responsável pelo vazamento das informações e que
está asilado na Rússia, comentou assim os documentos que envolvem a espionagem
à presidente Dilma: "A tática do governo americano desde o 11 de setembro
é dizer que tudo é justificado pelo terrorismo. Mas a maior parte da espionagem
que eles fazem não tem nada a ver com segurança nacional, é para obter
vantagens injustas sobre outras nações em suas indústrias e comércio em acordos
econômicos". Ontem, a presidenta decidiu tomar três medidas: o Ministério
das Relações Exteriores vai chamar o embaixador americano no Brasil, Thomas
Shannon, para que ele dê novos esclarecimentos, vai cobrar explicações formais
do governo dos Estados Unidos e ainda recorrerá aos órgãos internacionais, como
a ONU, para discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos
brasileiros.
Fonte: O Dia