Massa ao lado de Bruno Senna, em Abu
Dhabi, 2011. Tanto a nova, quanto a 'velha' Lotus têm uma longa tradição com
brasileiros: Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
A peça-chave para determinar o futuro de Felipe
Massa na Fórmula 1 pode ter surgido hoje. A notícia de que a Renault quer
voltar a investir pesado na categoria, através de sua parceria com a Lotus,
pode abrir as portas para o brasileiro na equipe de Enstone. E qual a relação
de Massa com a fabricante francesa? Explico: a Renault, que patrocina as
transmissões da Globo há bastante tempo, renovou o contrato com a emissora para
2014. Capiche? Dentro deste novo possível cenário da Renault forte dentro da
Lotus, Massa seria o piloto ideal para alavancar os ganhos publicitários da
companhia no Brasil – um dos mercados automotivos mais importantes do mundo. O
acordo pode estar sendo costurado, inclusive, por Bernie Ecclestone. O chefão
sabe que a categoria não pode ficar sem um brasileiro no grid na próxima
temporada. Seria desastroso perder audiência no País que mais consome F1 no
mundo. O chefe da Lotus, Eric Boullier, já disse que há 50% de chances para
Massa e 50% para Hulkenberg. E apesar de a equipe jurar que a escolha será
técnica e não financeira, é de se estranhar o fato de as negociações durarem
tanto tempo. De fato, as promessas devem estar sendo feitas de todos os lados.
O piloto que oferecer uma melhor condição econômica ao time, deve ficar com a
vaga. Não custa lembrar que a Lotus passa por dificuldades financeiras e que
Kimi Raikkonen disse que optou pela Ferrari em 2014 por não receber todos os
salários acordados com a Lotus. Para a Globo, essa possibilidade de desfecho da
novela parecer ser o final feliz que tanto se espera. A torcida brasileira
teria o ânimo renovado com Massa em uma equipe nova, onde não precisaria se
submeter ao jogo de equipe, tão usual na Ferrari. Mesmo com o cenário de
incertezas para o desenvolvimento dos carros para 2014, é de se esperar uma
Lotus competitiva. Brasileiro com chances é igual a aumento da audiência, que
resulta em mais grana para a emissora. Simples assim. A Renault, que atualmente
fornece motores para a Red Bull, Lotus, Williams e Caterham, teria muito
interesse em apagar a mancha deixada pelo escândalo protagonizado por Flavio
Briatore e Nelsinho Piquet em 2008, quando o então chefe da equipe mandou
Piquet bater de propósito para provocar um carro de segurança e beneficiar
Alonso, que venceu a prova em Cingapura. Passados 5 anos do episódio, já é
tempo da companhia limpar a sujeira. Por fim, a última parte, mas ao mesmo
tempo a mais interessada nisto tudo, o piloto brasileiro teria tudo a ganhar
dentro da nova equipe. Teria a chance de ser o piloto número 1 por contrato,
algo que seria impossível na Ferrari, e de vencer o inconstante Grosjean,
brigar por pódios e quem sabe algo mais.