Os brasileiros sonegaram R$ 300 bilhões em tributos
até agora em 2013. A quantia supera a riqueza produzida pela maioria dos
estados. Até o fim do ano, o valor que deixa de chegar aos cofres públicos
deverá atingir R$ 415 bilhões, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto
(PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, estima o Sindicato Nacional
dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). O Sinprofaz desenvolveu um
placar online da sonegação fiscal no Brasil. Chamada de Sonegômetro, a
ferramenta permite acompanhar em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar
todos os dias. Os números são atualizados constantemente no endereço eletrônicowww.sonegometro.com. De acordo com o estudo, se não
houvesse sonegação de impostos, o peso da carga tributária poderia ser reduzido
em até 20% e, ainda assim, o nível de arrecadação seria mantido. A ação faz
parte da campanha Quanto Custa o Brasil pra Você?, criada pela entidade em
2009. A contagem começou em 1º de janeiro. O valor sonegado até o momento é
superior à arrecadação do Imposto de Renda em 2011 (R$ 278,3 bilhões). Na
comparação com o PIB dos estados, a sonegação estaria em quarto lugar entre as
27 unidades da Federação. Os R$ 300 bilhões que o governo deixou de receber até
agora só estão atrás do PIB de São Paulo (R$ 1,248 trilhão), do Rio de Janeiro
(R$ 407 bilhões) e de Minas Gerais (R$ 351 bilhões). A quantia sonegada,
informa o Sinprofaz, equivale a mais do que a riqueza produzida pelo Rio Grande
do Sul (R$ 252,5 bilhões), pelo Paraná (R$ 217 bilhões) e pelo Distrito Federal
(R$ 150 bilhões). Para chegar ao índice de sonegação, o levantamento do
Sinprofaz selecionou 13 tributos que correspondem a 87,4% da arrecadação
tributária no Brasil. Os principais tributos analisados foram os impostos de
Renda (IR), sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações Financeiras
(IOF), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e os impostos sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS).
Fonte *EBC