Um preso da cadeia
pública de Arapoti (PR) matou sua mulher durante uma visita
íntima, na tarde de quarta-feira, depois que sua companheira anunciou que iria
deixá-lo para ficar com um outro homem com quem mantinha um
relacionamento.
De acordo com a Polícia Civil,
Rafael do Amaral Nascimento, 20 anos, tinha um filho com a vítima, Daniele
Aline Vieira Guimarães, 18 anos. Os dois se conheceram na cidade paranaense de
São José dos Pinhais, de onde Rafael fugiu para Arapoti no início de 2012 por
ser suspeito de dois homicídios. Segundo o investigador Angelo Simões, da
Polícia Civil de Arapoti, o crime ocorreu minutos antes do encerramento das
visitas no presídio, às 17h. “Eles (os presos) têm uma ética própria. A família
para eles é sagrada, não pode acontecer nada em dia de visita. (...) Por isso
ele deixou bem para o fim (da visita).” Preso em Arapoti desde março de 2012,
Rafael cumpria pena por ter cometido dois assaltos na cidade. Segundo a
polícia, o detento era ajudado nas ações pelo irmão de Daniele, que é menor de
18 anos e cumpre medida socioeducativa pelo homicídio de uma garota e pelos
roubos que cometeu junto com seu cunhado. Segundo Angelo, quando Rafael
foi preso, em 2012, Daniele foi proibida de visitá-lo, por estar grávida e
ainda não ter 18 anos. A mãe da garota, porém, fez um requerimento para que ela
pudesse se encontrar com o detento. Ao completar 18 anos, a vítima passou
a ter acesso à visita íntima. Como ambos estavam sozinhos na cela, ninguém
percebeu o que ocorria no local, já que a vítima foi morta com uma
gravata.
Morte
causou revolta de outros presos
Segundo o investigador, com medo da reação dos outros detentos, Rafael alertou um carcereiro de que havia matado sua mulher. “A hora que o carcereiro foi anunciar o fim da visita, ele cochichou com o carcereiro: ‘chama o IML (Instituto Médico Legal) que eu matei minha mulher'.”De acordo com Angelo, para evitar agressões, Rafael foi imediatamente isolado e os outros presos levados de volta às suas celas. Em depoimento à polícia, Rafael afirmou que matou Daniele por sentir que estava sendo tratado como “corno”. Segundo o investigador, a vítima apresenta sinais de que também foi sufocada com um travesseiro, mas o detento afirma que apenas a estrangulou com uma gravata.
Segundo o investigador, com medo da reação dos outros detentos, Rafael alertou um carcereiro de que havia matado sua mulher. “A hora que o carcereiro foi anunciar o fim da visita, ele cochichou com o carcereiro: ‘chama o IML (Instituto Médico Legal) que eu matei minha mulher'.”De acordo com Angelo, para evitar agressões, Rafael foi imediatamente isolado e os outros presos levados de volta às suas celas. Em depoimento à polícia, Rafael afirmou que matou Daniele por sentir que estava sendo tratado como “corno”. Segundo o investigador, a vítima apresenta sinais de que também foi sufocada com um travesseiro, mas o detento afirma que apenas a estrangulou com uma gravata.