Estudo da Transparência Internacional analisa
percepção de corrupção.
Dinamarca e Nova Zelândia são as menos corruptas entre os avaliados.
Dinamarca e Nova Zelândia são as menos corruptas entre os avaliados.
Relatório da organização
Transparência Internacional sobre a percepção de corrupção ao redor do mundo
divulgado nesta terça-feira (3) aponta que o Brasil é o 72º colocado no ranking
entre os 177 países analisados, um um posto modesto mesmo entre os vários países
das Américas. A Dinamarca e a Nova Zelândia ficaram empatadas em primeiro lugar
como os países em que a população tem menor percepção de que seus servidores
públicos e políticos são corruptos. As duas nações registraram um índice de 91
– a escala vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (muito transparente). O índice
brasileiro foi de 42 – um ponto a
menos que em 2012, quando o país ficou em 69º lugar.
A Transparência
Internacional é referência mundial na análise da corrupção. Segundo o
relatório, os resultados "mostram um cenário preocupante" e
"mais de dois terços dos 177 países" estudados perderam
transparência. O relatório é elaborado anualmente desde 1995, a partir de
diferentes estudos e pesquisas sobre os níveis de percepção da corrupção no
setor público de diferentes países. "Apesar de ter caído apenas um ponto,
o Brasil não deveria estar feliz com sua pontuação. Não é suficiente ter o
poderio econômico, se você não pode dar exemplo com bom governo", afirmou
Alexandro Salas, diretor para as Américas da Transparência Internacional,
segundo a agência de notícias France Presse.
Apesar de novas leis
brasileiras sobre acesso à informação pública e punição penal às empresas
corruptas – e não mais apenas aos indivíduos –, "há a sensação de uma
prática de corrupção muito extensa", explica o pesquisador mexicano, que
pediu que o Brasil comece a aplicar essa "grande infraestrutura" legal
contra a corrupção. Quase 70% dos países da lista têm "sérios
problemas", com funcionários dispostos a receber suborno. Nenhum Estado
dos 177 citados recebeu pontuação máxima, segundo a ONG, que tem sede em
Berlim.
Fonte G1