O
deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi protagonista da maior polêmica da
eleição de 2012, quando recebeu uma caravana de petistas, entre os quais Lula e
o então candidato a prefeito Fernando Haddad, para fechar a aliança entre o PT
e o PP. O aperto de mãos que selou a coligação entre os dois partidos, antes
adversários, virou símbolo do pragmatismo eleitoral do PT. As fotos estamparam
as páginas de todos os jornais, circularam pela internet, foram alvo de piadas
e ataques, mas não custaram a eleição de Haddad, conforme haviam previsto na
época os líderes do PT.
Agora Maluf se prepara para embarcar na campanha à reeleição de Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha (PT), em São Paulo, embora diga que ainda não definiu sua posição na eleição no Estado. Ao lembrar da aliança fechada com o PT em 2012, o deputado e presidente do PP estadual diz que nesse ano será igual: casamento no altar. "Eu não caso no porão. Só caso no altar. E tem que ser com cardeal. Disse: se o Haddad vier aqui em casa, e com Lula e Rui Falcão (presidente do PT), e os deputados do PP, então isso sim é um casamento público. Como agora vai ser igual. Seja com quem a gente fechar. Vai ser público", afirmou.
O apoio do PP renderá a Dilma mais 1 minuto e 16 segundos no horário eleitoral. "Vai ser um massacre", disse Maluf sobre a exposição que a presidente e candidata à reeleição terá na televisão em comparação com os adversários. Sobre a aliança com um governo que se diz de esquerda, Maluf afirmou: "Eu não financiaria, por exemplo, a indústria automobilística com dinheiro do BNDES, mas o PT faz. Então o PT nisso aqui também é direita. Eu sou comunista perto deles".
Fonte *Estadão