A
revista Veja desta semana cita mais uma vez o deputado federal baiano Luiz
Argôlo (SDD) e o envolve diretamente com o doleiro Alberto Youssef, preso pela
Polícia Federal na Operação Lava Jato, que também prendeu o ex-diretor da
Petrobras, Paulo Roberto Costa. Na matéria se relaciona a sigla LA, que aparece
nas gravações obtidas pela Polícia Federal, ao deputado Luiz Argôlo. A revista
transcreve diálogos entre o doleiro e seu interlocutor e indica ser o
parlamentar baiano. Enquanto esteve no PP Luíz Argolo era muito próximo de
figuras proeminentes como o deputado e ex-ministro das Cidades, Mário
Negromonte. Negromonete também nega qualquer vínculo com o doleiro mas tinha um
irmão que visitava com frequência, de acordo com Veja, a casa de câmbio de
Yousseff. Adarico Negromonte disse ter ido apenas uma vez à casa de Yousseff
para pedir emprego. O mesmo LA citado na reportagem pede para entregar uma
"encomenda" sacada de um banco no endereço do deputado. A relação
financeira entre LA e o doleiro é intensa. "Tem uns pagamentos pra serem
feitos. Posso passar?", questiona. "Passa", reponde o doleiro.
LA então passa os valores e as contas para que Yousseff fizesse os
depósitos: R$13,500, para uma loja de decoração, em Salvador e R$40 mil para
uma agropecuária em Entre Rios, cidade de Luíz Argôlo. Em um outra transação,
LA recebe 25 cadeiras de rodas e 25 óculos para serem doados em Alagoinhas,
cidade que, de acordo com a reportagem da Veja, é reduto eleitoral de Luiz
Argôlo. Na página 46, Veja afirma que recursos do doleiro foram entregues
no apartamento funcional do deputado na capital federal. O endereço onde
deveria ser entregue o dinheiro, segundo LA, é o 302 N, Bloco H, Ap 603. De
acordo com a reportgem de Veja, neste endereço mora o deputado Luíz
Argolo. Em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado negou envolvimento com o esquema.