DEPUTADO BAIANO É FLAGRADO EM CONVERSA 'AMOROSA' COM DOLEIRO PRESO PELA PF

Conversa foi interceptada nesta segunda-feira (28) pela manhã
O que parecia ser mais uma investigação da Polícia Federal sobre crimes envolvendo políticos e doleiros contra o estado brasileiro, ganhou nesta segunda-feira (28) um fato inesperado. A Polícia Federal interceptou uma conversa entre o doleiro Youssef e o deputado federal, natural de Entre Rios, Luiz Argolo (SDD/Ba), ocorrida pela manhã. O que mais chama atenção não é a possível ligação entre os dois investigados, mas sim a característica bastante específica desta possível relação, publicado na coluna da Revista Época, assinada por Revista Época.
Abaixo segue a transcrição literal da conversa interceptada, contida no relatório da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Registrada, às 8h33, do dia 28 de fevereiro deste ano.
Argôlo: Bom dia.
Youssef: Bom dia.
Argôlo: Você sabe que tenho um carinho por vc e é muito especial.
Youssef: Eu idem.
Argôlo: Queria ter falado isso ontem. Acabei não falando. Te amo.
Youssef: Eu amo você também. Muitoooooooooo<3
Argôlo: Sinto isso. E aí já melhorou?? Melhorou???
Argôlo: Por favor me diga alguma coisa.
Na última quarta-feira (23), a Justiça Federal abriu uma ação penal contra o doleiro Albero Youssef batizada de lava-jato, que pode ter “lavado” R$ 10 bilhões e imputa sobre, além desta, a acusação de crime de evasão de divisas e crimes financeiros. A força tarefa constituída de seis procuradores apresentou à Justiça Federal várias denúncias criminais, uma delas contra Youssef e seu grupo — mais seis acusados, Carlos Alberto Pereira da Costa, Esdra de Arantes Ferreira, Leandro Meirelles, Leonardo Meirelles, Pedro Argese Junior e Raphael Flores Rodriguez.
Já Argolo havia sido citado como tendo algum envolvimento com o doleiro, o que negou categoricamente através de nota à imprensa

Fonte CFF

OPOSIÇÃO QUER LEVAR GABRIELLI À CÂMARA PARA PRESTAR DEPOIMENTO

Planalto evita confronto com ex-presidente da estatal, que dividiu com Dilma ônus pela compra de Pasadena
 BRASÍLIA - Após o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli afirmar, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a presidente Dilma Rousseff "não pode fugir da responsabilidade dela" na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA - já que era a presidente do Conselho de Administração na época -, o Palácio do Planalto preferiu evitar o confronto e não se manifestar oficialmente, numa tentativa de conter a crise que pode levar à criação de uma CPI exclusivamente para investigar a Petrobras.

A oposição, no entanto, pretende manter o assunto aceso e tentará levar Gabrielli à Câmara dos Deputados para prestar depoimento, além de insistir na instalação da CPI, que ainda aguarda um parecer do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, representantes do partido Solidariedade vão apresentar convite ao ex-presidente da Petrobras para depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.
Os principais adversários de Dilma nas próximas eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), voltaram a defender neste domingo investigações sobre a compra de Pasadena e uma prestação de contas do governo sobre o caso. Aécio disse que Gabrielli reforçou a necessidade de uma CPI. Campos cobrou que Dilma Rousseff "assuma suas responsabilidades" não somente sobre a Petrobras, mas em diversos setores da economia e da administração.

CPI DA PETROBRAS PODE RESULTAR EM IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF

O episódio se repete 22 anos depois do Impeachment de Fernando Collor de Melo, quando se envolveu em escândalo com PC Farias em 1992.  Entenda:  em reportagem publicada pela revista Veja, na sua edição de 13 de maio de 1992, Pedro Collor de Mello acusava o tesoureiro da campanha presidencial de seu irmão, o empresário Paulo César Farias, de articular um esquema de corrupção de tráfico de influência, loteamento de cargos públicos e cobrança de propina dentro do governo.
O chamado “esquema PC” teria, como beneficiários, integrantes do alto escalão do governo e o próprio presidente. No mês seguinte, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Durante o processo investigatório, personagens como Ana Accioly, secretária de Collor, e Francisco Eriberto, seu ex-motorista, prestaram depoimento à comissão confirmando as acusações e dando detalhes do esquema.
Um dos expedientes utilizados por Paulo César era abrir contas “fantasmas” para realizar operações de transferência de dinheiro arrecadado com o pagamento de propina e desviado dos cofres públicos para as contas de Ana Accioly. Além disso, gastos da residência oficial de Collor, a Casa da Dinda, eram pagos com dinheiro de empresas de Paulo César Farias.
Aprovado por 16 votos a 5, o relatório final da comissão constatou, também, que as contas de Collor e Paulo César não haviam sido incluídas no confisco de 1990. Foi pedido, então, o impeachment do presidente.
Agora, é a presidente Dilma Rousseff (PT) que está em foco com o caso da compra de uma refinaria superfaturada nos Estados Unidos pela Petrobras: a refinaria de Pasadena (Texas) em 2006. Essa aquisição levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação. Mas o caso ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.
Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.
Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.
A presidente Dilma afirmou, após a abertura de investigações no Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público, que só aprovou a compra dos primeiros 50% porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era “falho” e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal.
O impeachment de Dilma
Assim como aconteceu com Collor, após a explosão dos escândalo de Pasadena, muitas novas informações apareceram e evidenciaram suposta corrupção dentro da Petrobras, suspeitando-se ainda que Dilma estaria a par disso e até mesmo cumpliciada com a situação. A relação abalada com o PMDB nas últimas semanas, atrelada a oposição que faz questão de destacar o escândalo, pode desencadear uma CPI, assim como aquela de 1992 que resultou no impeachment de Fernando Collor. Se houver evidencias maiores da compactuação da presidente petista ao caso e confirmada as suspeitas de corrupção, um impachment é eminente.
Hoje na capital do Paraná, Curitiba, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teve sua prisão preventiva decretada.  Investigado pela operação Lava Jato da Polícia Federal, Costa foi preso na última quinta-feira por ocultar provas da Justiça. O prazo do mandado de prisão preventiva venceria nesta terça-feira (25), mas a Justiça decidiu que Costa deve permanecer na cadeia, por prazo indeterminado, para evitar nova destruição de provas. Também contribuiu para a decisão a suspeita de que ele recebeu propina do doleiro Alberto Youssef, principal alvo da operação, por obras da refinaria Abreu e Lima, entre 2011 e 2013. Costa é investigado pelo crime de corrupção passiva.

FONTE: Diário Do Estado

LUÍZ ARGOLO VOLTA A SER CITADO EM REPORTAGEM DA REVISTA VEJA SOBRE ESQUEMA COM A PETROBRAS

A revista Veja desta semana cita mais uma vez o deputado federal baiano Luiz Argôlo (SDD) e o envolve diretamente com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que também prendeu o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Na matéria se relaciona a sigla LA, que aparece nas gravações obtidas pela Polícia Federal, ao deputado Luiz Argôlo. A revista transcreve diálogos entre o doleiro e seu interlocutor e indica ser o parlamentar baiano. Enquanto esteve no PP Luíz Argolo era muito próximo de figuras proeminentes como o deputado e ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Negromonete também nega qualquer vínculo com o doleiro mas tinha um irmão que visitava com frequência, de acordo com Veja, a casa de câmbio de Yousseff. Adarico Negromonte disse ter ido apenas uma vez à casa de Yousseff para pedir emprego. O mesmo LA citado na reportagem pede para entregar uma "encomenda" sacada de um banco no endereço do deputado. A relação financeira entre LA e o doleiro é intensa. "Tem uns pagamentos pra serem feitos. Posso passar?", questiona. "Passa", reponde o doleiro. LA então  passa os valores e as contas para que Yousseff fizesse os depósitos: R$13,500, para uma loja de decoração, em Salvador e R$40 mil para uma agropecuária em Entre Rios, cidade de Luíz Argôlo. Em um outra transação, LA recebe 25 cadeiras de rodas e 25 óculos para serem doados em Alagoinhas, cidade que, de acordo com a reportagem da Veja, é reduto eleitoral de Luiz Argôlo. Na página 46, Veja afirma que recursos do doleiro foram entregues no apartamento funcional do deputado na capital federal. O endereço onde deveria ser entregue o dinheiro, segundo LA, é o 302 N, Bloco H, Ap 603. De acordo com a reportgem de Veja, neste endereço mora o deputado Luíz Argolo.  Em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado negou envolvimento com o esquema