SUCESSÃO BAIANA: PROTESTOS NAS RUAS CRIAM NOVO AMBIENTE NA BAHIA
Então, salvo melhor juízo, Rui se encaminha para ser o candidato do PT. Também ninguém acredita numa candidatura de Ledice da Mata, pelo PSB, no enfrentamento a Wagner.
1. A tese defendida pelos analistas diante da queda dos percentuais de aprovações dos seus governos, segundo o IBOPE, é de que "o alvo das insatisfações nas ruas é o poder público" daí que houve uma perda em bloco, de chefes de executivos de todos os partidos.
2. Na
Bahia, Wagner despencou para 28% de aprovação (ótimo/bom). O único governador
que conseguiu um indicador superior a 50% (58%) foi o de Pernambuco, Eduardo
Campos, ainda assim, também perdeu porque tinha aprovação superior a 75%.
3. O
caso mais grave é o do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que afundou
para 12% e ainda enfrenta muitos protestos. Em SP, a situação de Geraldo
Alckmin (PSDB) caiu para 26% e também enfrenta muitos protestos, como os que
aconteceram ontem, com destruição de muitas agências bancárias é complicada sua
reeleição.
4. Os
casos do Rio e SP estão caminhando para uma situação mais critica, pois, os
manifestantes, agora encapuzados, podem sair da condição de "jovens em
protesto" para "bandidos em protesto".
5. O que
isso poderá resultar é difícil prever, mas, está se beirando uma situação muito
crítica e o Estado tem mecanismo legais no combate a esses desordeiros.
6. A essa
altura, o que os governadores e seus liderados estão analisando (caso que vale
também para a presidente Dilma) é saber como recuperar suas popularidades e
fazer seus sucessores.
7.
Ninguém está paralisado, mas, é muito difícil que aconteça uma recuperação a
curto prazo. Isso só se dará, desde que algumas medidas adotadas pelos gestores
sejam eficazes, a médio e longo prazos. Vai, portanto, chegar ao ano eleitoral
nesse tom. O Brasil pode ter um dos anos eleitores mais tensos.
8. Quem
está de fora, não é gestor no momento, leva vantagem. São os casos de Marina Silva (Rede Sustentável),
para presidente da República, e, em relação a Bahia, Geddel Vieira Lima e Paulo
Souto. Ninguém acredita que possa surgir uma "terceira força" um
"outsider" para poder concorrer em pé de igualdade com os políticos
já lançados pré-candidatos.
9.
Também é pouco provável que as oposições marchem com dois candidatos: Souto e
Geddel. Ambos (ou um deles) precisará do apoio incondicional de ACM Neto, o
preferencial nas atuais pesquisa e que não será candidato.
10. Wagner, ao
que tudo indica, vai mesmo com Rui Costa. Primeiro deve acalmar seu PT elegendo
Everaldo Anunciação, presidente do partido. Nem o mais animado petista de
oposição interna a Rui acredita que Emiliano José vai disputar uma eleição
interna com Everaldo, peitando o governador, ele que é suplente de deputado
federal e já chegou a Brasília nesta legislatura graças a Wagner.
11.
Então, salvo melhor juízo, Rui se encaminha para ser o candidato do PT. Também
ninguém acredita numa candidatura de Ledice da Mata, pelo PSB, no enfrentamento
a Wagner. Otto e Marcelo Nilo não se contam. João Durval, candidato do PDT,
seria um balão de ensaio. JH pelo PP nem pensar por este partido.
12. De maneira que, a sucessão na Bahia caminha para um confronto entre
Rui x Geddel, prioritariamente. Geddel anuncia que está bem em pesquisas internas
que faz, mas, não revela números. E, Wagner, agora, independente de qualquer
coisa, tem que melhorar sua própria performance para alavancar Rui. Seu caso
não é tão grave. Tem 28% de bom/ótimo e um regular acima de 30%. Se conseguir
puxar o regular para bom/ótimo volta a um patamar confortável.
13.
Precisa, ainda, que Dilma também cresça. Se Dilma cair mais ainda e não se
recuperar, ai ficará mais difícil para Wagner. Os marketeiros de Dilma dizem
que ela chegou ao número histórico do PT (30% de bom/ótimo) e só tende a
crescer a partir de agora. Nunca se sabe. Vai depender de melhoras na economia
e sobretudo nas áreas criticas do seu governo: saúde, segurança e educação.